quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ParnasianismoO que é parnasianismo, obras, origem, tríade parnasiana, parnasianismo no Brasil, características, resumo, poesias
Tríade Parnasiana - parnasianismo no Brasil
A "Tríade Parnasiana": Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira
Introdução 
A Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na metade do século XIX e se desenvolveu na literatura europeia, chegando ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo
O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte do deus Apólo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de Heredia.
Características do Parnasianismo
- Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor  parnasiano trata os temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;
- Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos;
- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
- O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
- Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
- Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas;
- Preferência pelos sonetos;
- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;
- Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.

Parnasianismo no Brasil

No Brasil, o parnasianismo chegou na segunda metade do século XIX e teve força até o movimento modernista (Semana de Arte Moderna de 1922). 
Os principais representantes do parnasianismo brasileiro foram:
- Alberto de Oliveira. Obras principais: Meridionais (1884), Versos e Rimas (1895), Poesias (1900), Céu, Terra e Mar (1914), O Culto da Forma na Poesia Brasileira (1916).
- Raimundo Correia. Obras principais: Primeiros Sonhos (1879), Sinfonias(1883), Versos e Versões(1887), Aleluias(1891), Poesias(1898).
- Olavo Bilac. Obras principais: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Crítica e fantasia (1904), Conferências literárias (1906), Dicionário de rimas (1913), Tratado de versificação (1910), Ironia e piedade, crônicas (1916), Tarde (1919).
- Francisca Júlia. Obras principais: Mármores (1895), Livro da Infância (1899), Esfínges (1903), Alma Infantil (1912).
- Vicente de Carvalho. Obras principais: Ardentias (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de amor (1902), Poemas e canções, (1908), Versos da mocidade (1909), Páginas soltas (1911), A voz dos sinos, (1916).
* Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formaram a chamada "Tríade Parnasiana".

Alunas : Laura Gomes , Martha Polyana e Keylla Santos .

O Parnasianismo

O Parnasianismo foi contemporâneo do Realismo-Naturalismo, estando, portanto, marcado pelos ideais cientificistas e revolucionários do período. Diz respeito, especialmente, à poesia da época, opondo-se ao subjetivismo e ao descuido com a forma do Romantismo. O nome Parnaso diz respeito à figura mitológica que nomeia uma montanha na Grécia, morada de musas e do deus Apolo, local de inspiração para os poetas. A escola adota uma linguagem mais trabalhada, empregando palavras sofisticadas e incomuns, dispostas na construção de frases, atendendo às necessidades da métrica e ritmo regulares, que dificultam a compreensão, mas que lhes são característicos. Para os parnasianos, a poesia deve pintar objetivamente as coisas sem demonstrar emoção.

A nova tendência toma corpo a partir de 1878, quando nas colunas do Diário do Rio de Janeiro se tenta criar a "Guerra do Parnaso", defendendo o emprego da ciência e da poesia social, sem visar modificar nada, recebendo a alcunha de Idéia Nova. O poeta Alberto de Oliveira deseja o Realismo na poesia, enquanto em São Paulo, Raimundo Correia e alguns colegas criam polêmicas sobre o novo movimento na Revista de Ciências e Letras. Surge a poesia diversificada: poesia científica, socialista e realista. A científica é a única a manter certo rigor e exclusividade. As demais se libertam do Romantismo aos poucos.

Segundo Alfredo Bosi, a obra de Teófilo Dias, Fanfarras (1882) pode ser considerada o primeiro livro parnasiano, contrapondo-se a Alberto de Oliveira que destaca Sonetos e Rimas (1880) de Luís Guimarães Junior, como a primeira manifestação. Contudo, são os poemas da "plêiade parnasiana": Alberto de Oliveira, com Meridionais (1884) e Sonetos e Poemas (1886), Raimundo Correia, com Versos e Versões (1887) e Olavo Bilac, com a primeira edição de Poesias (1888), que apresentam as marcas próprias do movimento, filiado ao Parnasianismo francês, assim denominado, devido à coletânea Parnasse Contemporain, publicada em série (1866,1869 e 1876).

Os poetas brasileiros tomam como fonte de inspiração os portugueses do século XVIII, destacando, sobretudo, o trabalho de Bocage. Voltam-se, também, para Basílio da Gama, Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antonio Gonzaga. Cultuam a estética do Arcadismo, a correção da linguagem, propiciadora de originalidade e imortalidade, buscando objetividade e impassibilidade diante do objeto, cultivando a forma para atingir a perfeição.

A sintaxe, sob a influência do século XVIII, prima pela devoção à clareza, à lógica e à sonoridade. Os parnasianos evitam as aliterações, homofonias, hiatos, ecos e expressões arrebatadoras, mas apreciam a rima consoante, aplicada sob o jugo de regras rígidas, privilegiando a rima paroxítona, abjurando a interna e exigindo a rima em todas as quadras. Dão ênfase às alternâncias graves, aos versos de rimas paralelas ou intercaladas. Apreciam as metáforas derivadas das lendas e história da Antigüidade Clássica, símbolo do ideal de beleza.

O soneto ressurge juntamente com o verso alexandrino, bem como o trabalho com a chave de ouro e a rima rica. A vida é cantada em toda sua glória, sobressaindo-se a alegria, a sensualidade, o conhecimento do mal. A imaginação é sempre dominada pela realidade objetiva.

O universalismo se sobrepõe ao nacionalismo. Entretanto, o Parnasianismo inicial, ligado à inspiração derivada dos temas históricos de Roma e Grécia, vai se deslocando, aos poucos, para a paisagem brasileira, graças à ação do meio e das tradições poéticas, tendendo à busca da simplicidade clássica. A recorrência ao arcadismo interno e ao português acaba dando ao movimento uma configuração própria. O social perde a força do início, cedendo lugar ao princípio da Arte pela Arte, postulado pelo poeta francês, Théophile Gautier, sem, entretanto, suprimir o subjetivismo. Por isso, os poetas não obedecem com precisão o cientificismo e nem primam pela objetividade, mas se orientam pelo determinismo, pessimismo e sensualidade, prevalecendo, com freqüência, a exigência de precisão, a riqueza de linguagem e a descrição.

Fonte: USP e no endereço: http://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/portugues/6_parnasianismo_brasil

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Parnasianismo

                                    Parnasianismo



parnasianismo é uma escola literária ou um movimento literário essencialmente poético, contemporâneo do Realismo-Naturalismo. Um estilo de época que se desenvolveu na poesia a partir de 1850, na França.

Origens

Movimento literário que originou-se na França, representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX (19) em oposição ao romantismo.
Nasceu com a publicação de uma série de poesias, precedendo de algumas décadas o simbolismo uma vez que os seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da antiguidade clássica. O seu nome vem do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas.
Caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo rítmico e vocabular, pelas rimas raras e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos. O emprego da linguagem figurada é reduzido, com a valorização do exotismo e da mitologia. Os temas preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição visual é o forte da poesia parnasiana, assim como para os românticos são a sonoridade das palavras e dos versos. Os autores parnasianos faziam uma "arte pela arte", pois acreditavam que a arte devia existir por si só, e não por subterfúgios, como o amor, por exemplo. O primeiro grupo de parnasianos de língua francesa reúne poetas de diversas tendências, mas com um denominador comum: a rejeição ao lirismo como credo. Os principais expoentes são Théophile Gautier (1811-1872), Leconte de Lisle (1818-1894),Théodore de Banville (1823-1891) e José Maria de Heredia (1842-1905), de origem cubanaSully Prudhomme (1839-1907). Gautier fica famoso ao aplicar a frase “arte pela arte” ao movimento.

Características gerais

  • Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, daí as palavras raras e rimas ricas.
  • Objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado subjetivismo romântico.
  • Arte Pela Arte: A poesia vale por si mesma, não tem nenhum tipo de compromisso, e se justifica por sua beleza. Faz referências ao prosaico, e o texto mostra interesse a coisas pertinentes a todos.
  • Estética/Culto à forma: Como os poemas não assumem nenhum tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a perfeição formal a todo custo, e por vezes, se mostra incapaz para tal.
Aspectos importantes para essa estética perfeita são:
  • Rimas Ricas: São evitadas palavras da mesma classe gramatical. Há uma ênfase das rimas do tipo ABAB para estrofes de quatro versos, porém também muito usada as rimas interpoladas.
  • Valorização dos Sonetos: É dada preferência para os sonetos, composição dividida em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. Revelando, no entanto, a "chave" do texto no último verso.
  • Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas deve ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze sílabas(versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou apresentar uma simetria constante, exemplo: primeiro verso de dez sílabas, segundo de seis sílabas, terceiro de dez sílabas, quarto com seis sílabas, etc.
  • Descritivismo: Grande parte da poesia parnasiana é baseada em objetos inertes, sempre optando pelos que exigem uma descrição bem detalhada como "A Estátua", "Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de Alberto de Oliveira.
  • Temática Greco-Romana - A estética é muito valorizada no Parnasianismo, mas mesmo assim, o texto precisa de um conteúdo. A temática abordada pelos parnasianos recupera temas da antiguidade clássica, características de sua história e sua mitologia. É bem comum os textos descreverem deuses, heróis, fatos lendários, personagens marcados na história e até mesmo objetos.
  • Cavalgamento ou encadeamento sintático (enjambement) - Ocorre quando o verso termina quanto à métrica (pois chegou na décima sílaba), mas não terminou quanto à ideia, quanto ao conteúdo, que se encerra no verso de baixo. O verso depende do contexto para ser entendido. Tática para priorizar a métrica e o conjunto de rimas. Como exemplo, este verso de Olavo Bilac:
Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada
e triste. E triste e fatigado eu vinha.

Em Portugal

Em Portugal, o movimento não foi muito importante, tendo como autores Gonçalves Crespo (nascido no Brasil mas criado em Portugal desde os 10 anos de idade), João PenhaAntónio Feijó e Cesário Verde.

No Brasil


Vicente de Carvalho por volta de 1900
No Brasil, o parnasianismo dominou a poesia até a chegada do Modernismo brasileiro. A importância deste movimento no país deve-se não só ao elevado número de poetas, mas também à extensão de sua influência, uma vez que seus princípios estéticos dominaram por muito tempo a vida literária do país, praticamente até o advento do Modernismo em 1922.
Na década de 1870, a poesia romântica deu mostras de cansaço, e mesmo em Castro Alves é possível apontar elementos precursores de uma poesia realista. Assim, entre 1870 e 1880 assistiu-se no Brasil à liquidação do Romantismo, submetido a uma crítica severa por parte das gerações emergentes, insatisfeitas com sua estética e em busca de novas formas de arte, inspiradas nos ideais positivistas e realistas do momento.
Dessa maneira, a década de 1880 abriu-se para a poesia científica, a socialista e a realista, primeiras manifestações da reforma que acabou por se canalizar para o Parnasianismo. As influências iniciais foramGonçalves Crespo e Artur de Oliveira, este o principal propagandista do movimento a partir de 1877, quando chegou de uma estada em ParisAlberto de Oliveira publicou "Canções Românticas" em 1878 e Teófilo Dias, "Cantos Tropicais", dois dos marcos iniciais da nova Escola 1 . De um começo tímido nos versos de Luís Guimarães Júnior (Sonetos e rimas. 1880) e Teófilo Dias (Fanfarras. 1882), firmou-se definitivamente comRaimundo Correia (Sinfonias. 1883), novamente Alberto de Oliveira (Meridionais. 1884) e Olavo Bilac(Relicário. 1888).
O Parnasianismo brasileiro, a despeito da grande influência que recebeu do Parnasianismo francês, não é uma exata reprodução dele, pois não obedece à mesma preocupação de objetividade, de cientificismo e de descrições realistas. Foge do sentimentalismo romântico, mas não exclui o subjetivismo. Sua preferência dominante é pelo verso alexandrino de tipo francês, com rimas ricas, e pelas formas fixas, em especial o soneto. Quanto ao assunto, caracteriza-se pela objetividade, o universalismo e o esteticismo. Este último exige uma forma perfeita (formalismo) quanto à construção e à sintaxe. Os poetas parnasianos veem o homem preso à matéria, sem possibilidade de libertar-se do determinismo, e tendem então para o pessimismo ou para o sensualismo.
Além de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, que configuraram a chamada tríade parnasiana, o movimento teve outros grandes poetas no Brasil, como Vicente de CarvalhoMachado de AssisLuís DelfinoBernardino LopesFrancisca JúliaGuimarães PassosCarlos Magalhães de AzeredoGoulart de AndradeArtur AzevedoAdelino FontouraEmílio de MenesesAntônio Augusto de LimaLuís Murat e Mário de Lima.
A partir de 1890, o Simbolismo começou a superar o Parnasianismo. O realismo classicizante do Parnasianismo teve grande aceitação no Brasil, graças certamente à facilidade oferecida por sua poética, mais de técnica e forma que de inspiração e essência. Assim, ele foi muito além de seus limites cronológicos e se manteve paralelo ao Simbolismo e mesmo ao Modernismo em sua primeira fase.
O prestígio dos poetas parnasianos, ao final do século XIX, fez de seu movimento a escola oficial das letras no país durante muito tempo. Os próprios poetas simbolistas foram excluídos da Academia Brasileira de Letras, quando esta se constituiu, em 1896. Em contato com o Simbolismo, o Parnasianismo deu lugar, nas duas primeiras décadas do século XX, a uma poesia sincretista e de transição.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parnasianismo
Edição: Felipe.
Alunos: Felipe, Herick e Thiago.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Parnasianismo

Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira abandonou o sentimentalismo dos românticos e percorreu novos caminhos.Na prosa, surgiu o Realismo/Naturalismo e na poesia, o Parnasianismo e Simbolismo.Os poetas parnasianos achavam que alguns princípios adotados pelos românticos (linguagem simples, emprego da sintaxe e vocabulário brasileiros, sentimentalismo, etc) esconderam as verdadeiras qualidades da poesia. Então, propuseram uma literatura mais objetiva, com um vocabulário elaborado (às vezes, incompreensível por ser tão culto), racionalista e voltada para temas universais.A inspiração nos modelos clássicos, ajudaria a combater as emoções e fantasias exageradas dos românticos, garantindo o equilíbrio que desejavam.Desde a década de 1870, as idéias parnasianas já estavam sendo divulgadas.No final dessa década, o jornal carioca “Diário do Rio de Janeiro” publicou uma polêmica em versos que ficou conhecida como “Batalha do Parnaso”. De um lado, os adeptos do Realismo e Parnasianismo, e, de outro os seguidores do Romantismo.Como conseqüência, as idéias parnasianas e realistas foram amplamente divulgadas nos meios artísticos e intelectuais do país.O marco inicial do Parnasianismo brasileiro foi em 1882 com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias.

Principais autores e obras do Parnasianismo

OLAVO BILAC (16/12/1865 – 28/12/1918)

Tentou estudar medicina e advocacia, porém abandonou as duas carreiras por gostar mais de artes plásticas.Além de poesias, ele também escreveu crônicas e comentários, inicialmente publicados em jornais e revistas.Foi inspetor escolar, secretário da Liga de Defesa Nacional, jornalista, tomou parte na fundação da Academia de Letras e foi sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.Trabalhou muito pelo ensino cívico e pela defesa do país.Expressou seu mundo interior através de uma poesia lírica, amorosa e sensual, abandonando o tom comedido do Parnasianismo.Olavo Bilac criou uma linguagem pessoal e comunicativa, não ficando limitado às idéias parnasianas.Por causa disso, ele é considerado um dos mais populares escritores de sua época.Escreveu: “A sesta de Nero”, “O incêndio de Roma”, “O Caçador de Esmeraldas” “Panóplias”, “Via Láctea”, “Sarças de fogo”, “As viagens”, “Alma inquieta”, “Tarde” (publicada após a sua morte, em 1919), etc.

ALBERTO DE OLIVEIRA (1857 – 1937)

Um dos mais típicos poetas parnasianos.Suas poesias se caracterizam por um grande preciosismo vocabular. Possui características românticas, porém é mais contido e não tão sentimental como os românticos.Obras: “Canções Românticas”, “Meridionais”, “Sonetos e Poemas”, “Versos e Rimas”.

RAIMUNDO CORREIA (1860 – 1911)

A visão negativa e subjetiva que tinha do mundo deu um certo tom filosófico à sua poesia, embora apenas superficialmente.Poemas:” Plenilúnio”, “Banzo”, “A cavalgada”, “Plena Nudez”, “As pombas”.Livros: “Primeiros Sonhos”, “Sinfonias”, “Versos e Versões”, “Aleluias”, “Poesias”.

VICENTE DE CARVALHO (1866 – 1924)

Apesar do rigor com a forma, ele não possui características parnasianas, pois não abandonou a expressão lírica e sentimental do romantismo.Obras: “Ardentias”, “Relicário”, “Rosa, rosa de amor”, “Poemas e canções”.Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formavam a “Tríade Parnasiana”.

Características do Parnasianismo

Preocupação formal Comparação da poesia com as artes plásticas, principalmente com a escultura Referências a elementos da mitologia grega e latina Preferência por temas descritivos (cenas históricas, paisagens)Enfoque sensual da mulher (davam ênfase na descrição de suas características físicas)Habilidade na criação dos versos Vocabulário culto Objetivismo Universalismo Apego à tradição clássica.

Fonte:www.infoescola.com
Por Cristiana Gomes 
Alunos:Jenifer, Maxsuel e Mikaela.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Realismo/Naturalismo

RESUMO REALISMO/NATURALISMO PORTUGAL E BRASIL

REALISMO/NATURALISMOREAL (do latim res) = fato; ISMO = crença, doutrina;É a doutrina pautada na análise dos fatos;Movimento literário de oposição aos ideais do Romantismo no que se refere à subjetividade;
MARCO INICIAL DO REALISMO NA FRANÇA (autor principal): Gustave Flaubert;Período de profundas transformações: segunda fase da Revolução Industrial (aumento das fábricas e mão de obra assalariada, o proletariado; utilização do petróleo, eletricidade, aço, construção das estradas de ferro; início da estruturação do capitalismo);Doutrinas filosóficas: positivismo (rejeição da metafísica; pensamento científico); Manifesto Comunista de Marx; Teoria da Evolução de Darwin;Descrição fiel dos fatos.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO REALISMO:Objetivismo: autor mantem-se distante dos fatos narrados;Universalismo: o "eu" cede lugar ao coletivo;Personagens esféricas, em oposição às personagens lineares: mais complexas e dinâmicas;Contemporaneidade: valoriza-se o presente, o hoje - crítica social: desmascarar a imoralidade da igreja e da burguesia da época;Detalhismo: retrato fiel da realidade.
NATURALISMO:Vertente do Realismo, com suas características levadas ao extremo;Determinismo: homem determinado pelo meio, pela raça e pelo momento;Cientificismo;Romance realista x Romance naturalista: Realismo - romance documental; análise exterior e interior; ênfase psicológica; classes sociais dominantes; interpretação indireta; Naturalismo - romance experimental; análise exterior; ênfase biológica; classes sociais dominadas; interpretação direta.REALISMO EM PORTUGAL:Início: Questão Coimbrã - choque entre dois movimentos: escritores românticos em Lisboa e jovens estudantes da Universidade de Coimbra; crítica à obra de Antero de Quental por Antonio Feliciano de Castilho;Conferências Democráticas do Cassino Lisbonenese: reuniões em que os jovens realistas discutiam questões da nova tendência, mostrando-se contrários aos ideais românticos que ainda perduravam em Portugal.
AUTORES DO REALISMO EM PORTUGAL:EÇA DE QUEIRÓS:maior romancista português de todo o século XIX;"O homem é um resultado, uma conclusão e um procedimento das circunstâncias que o envolvem. Abaixo os heróis" - influência determinista;Postura de recusa ao Romantismo;"O Realismo é uma reação contra o Romantismo: O Romantismo era a apoteose do sentimento: - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houver de mau na nossa sociedade"/Retratou as grandes mazelas da sociedade portuguesa; 
FASES DA OBRA DE EÇA DE QUEIRÓS:- 1ª FASE - influência romântica; obra: O mistério da estrada de Sintra, escrito em parceria com Ramalho Ortigão;- 2ª FASE - caráter realista/naturalista - obras: O Crime do Padre Amaro; O primo Basílio; Os Maias. Romance de tese - ideia inicial que seria desenvolvida a partir das ações das personagens. As três obras citadas compõem o que essa chamou de "Cenas Portuguesas";-3ª FASE - pós-realista - obras: A ilustre casa de Ramires; A cidade e as serras; A relíquia - autor preocupado com valores tradicionais da vida portuguesa, da existência humana e da vida campestre;A ênfase da obra de Eça de Queirós é a crítica à alta burguesia e ao clero português - objetivo: "pintar a sociedade portuguesa" e sua "podridão".REALISMO E NATURALISMO NO BRASIL:
Realismo e Naturalismo foram as duas escolas literárias de domínio narrativo no fim do século XIX e início do século XX. Sua contrapartida na poesia é chamada de Parnasianismo. Apesar de se parecerem, o Realismo e o Naturalismo têm diferenças — o Naturalismo é marcado principalmente pelo determinismo, a idéia de que a natureza define o destino dos personagens. O mais importante autor realista e maior escritor do Brasil foi Machado de Assis, que merece tratamento em separado.Referências históricasContexto sócio-político da época:teorias de nova interpretação da realidade - Positivismo, Socialismo Científico e Evolucionismono Brasil, campanha abolicionista a partir de 1850 que culmina com a Lei Áurea em 1888fundação do Partido Republicano nacional após a Guerra do Paraguaidecadência da monarquia brasileirafim da mão-de-obra escrava e sua substituição por trabalho assalariadoimigrantes europeus para a lavoura cafeeiraeconomia mais voltada para o mercado externo, sem colonialismoCaracterísticasAs características do realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico e às novas formas de pensamento:objetivismo = negação do subjetivismo romântico, homem volta-se para fora, o não-euuniversalismo substitui o personalismo anteriormaterialismo que leva à negação do sentimentalismo e da metafísicaautores são antimonárquicos e defendem os ideais republicanosnacionalismo e volta ao passado histórico são deixados de lado para enfatizar o presente, o contemporâneodeterminismo influenciando o homem e a obra de arte por 3 fatores: meio, momento e raça (hereditariedade)O Romance realista propriamente dito, no Brasil, foi mais bem cultivado por Machado de Assis. Narrativa preocupada com análises psicológicas dos personagens e fazendo críticas à sociedade a partir do comportamento desses personagens.
DIFERENÇAS ENTRE REALISMO E NATURALISMO REALISMO- Forte influência da literatura de Gustave Flaubert (França).- Romance documental, apoiado na observação e na análise.- A investigação da sociedade e dos caracteres individuais é feita “de dentro para fora”, por meio de análise psicológica capaz de abranger sua complexidade, utilizando a ironia, que sugere e aponta, em vez de afirmar.- Volta-se para a psicologia, centrando-se mais no indivíduo.- As obras retratam e criticam as classes dominantes, a alta burguesia urbana e, normalmente, os personagens pertencem a esta classe social.- O tratamento imparcial e objetivo dos temas garante ao leitor um espaço de interpretação, de elaboração de suas próprias conclusões a respeito das obras.Naturalismo- Forte influência da literatura de Émile Zola (França).- Romance experimental, apoiado na experimentação e observação científica.- A investigação da sociedade e dos caracteres individuais ocorre “de fora para dentro”, os personagens tendem a se simplificar, pois são vistos como joguetes, pacientes dos fatores biológicos, históricos e sociais que determinam suas ações, pensamentos e sentimento.- Volta-se para a biologia e a patologia, centrando-se mais no social.- As obras retratam as camadas inferiores, o proletariado, os marginalizados e, normalmente, os personagens são oriundos dessas classes sociais mais baixas.- o tratamento dos temas com base em uma visão determinista conduz e direciona as conclusões do leitor e empobrece literariamente os textos.AUTORESMACHADO DE ASSIS E O ROMANCE REALISTA·       
  1ª FASE (Tendências românticas) Obras: Ressurreição, A mão e a luva, Helena, Iaiá GarciaCaracterísticas Gerais:- crença nos valores da época;- estrutura de folhetim- esquematismo psicológico.·          
2ª FASE (Tendências realistas)             - Obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires.Características Gerais:- Análise psicológica (os seres vistos em sua complexidade psíquica)- Análise dos valores sociais (os valores que a sociedade cria para justificar sua própria existência)- Pessimismo (descrença nos indivíduos e na organização social)- Ironia (o chamado “sense of humor”, inspirado nos ingleses Stern e Swift)- Refinamento da linguagem narrativa.Principais personagens:·         Brás Cubas, Vigília, Quincas – (Memórias Póstumas de Brás Cubas)·         Bentinho, Capitu, Escobar, José Dias, – (Dom Casmurro)·         Quincas Borba, O cão e o Filósofo, Rubião, Sofia e Palha – (Quincas Borba)
ALUÍSIO AZEVEDO (1857-1913)Principais características:- Expressão de destaque no naturalismo brasileiro;- Sua linguagem literária era chocante, objetiva e direta. Procurava denunciar pela palavra a miséria, a corrupção moral. Muitos de seus personagens são doentes físicos, mentais, vítimas de suas próprias imperfeições.- Demonstrava nítida preocupação com as classes marginalizadas pela sociedade.OUTRAS OBRAS- O Mulato- Casa de Pensão- O Cortiço (obra máxima do Naturalismo brasileiro).O CORTIÇO- Revelação da miséria urbana- Enfoque nas classes marginais- Determinismo do meio (tese dominante)- Domínio do coletivo sobre o individual- Desagregação dos instintos- Principais personagens: João Romão, Bertoleza, Miranda, Jerônimo, Rita Baiana e Pombinha.
RAUL POMPÉIA (1863 – 1895) Principais características:- Nasceu em Angra dos Reis e suicidou-se no Rio de Janeiro, na noite de Natal.- Sua obra “O Ateneu” apresenta inspiração na adolescência do autor (estudou num colégio interno, o Colégio Abílio)- Sua técnica se prende ao Impressionismo em que o artista enfatiza a impressão que a realidade despertou nele.

Fonte: http://profronniesiqueira.blogspot.com/2012/10/resumo-realismonaturalismo-portugal-e.html
Alunas: Luciete Macedo e Suelen Santos.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Realismo e Naturalismo

Em 1857 é publicado na França o romance "Madame Bovary", de Gustave Flaubert, considerado o primeiro romance realista da literatura universal. O primeiro romance naturalista é publicado em 1867, sendo "Thérèse Raquin", de Émile Zola. No Brasil, considera-se 1881 o ano inicial do Realismo brasileiro, com a publicação de "O Mulato", de Aluísio Azevedo (primeiro romance naturalista brasileiro); e "Memórias Póstumas de Brás Cubas"", de Machado de Assis (primeiro romance realista do Brasil).

O Realismo é uma reação contra o Romantismo:
O Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houve de mau na nossa sociedade.
(Eça de Queirós)
As características do Realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico, refletindo as idéias do Positivismo, do Socialismo e do Evolucionismo. Manifesta o objetivismo, como uma negação do subjetivismo romântico; o personalismo cede terreno ao universalismo; o materialismo leva a negação do sentimentalismo.O Realismo preocupa-se com o presente, o contemporâneo (a volta ao passado histórico do Romantismo é posta de lado).
Os autores do Realismo são adeptos do determinismo, pelo qual a obra de arte seria determinada por três fatores: o meio; o momento; e a raça (esta dizendo respeito à hereditariedade). O avanço das ciências, no século XIX, tem grande influência, principalmente sobre os naturalistas (daí falar-se em cientificismo nas obras desse período). Ideologicamente, os autores desse período são antimonárquicos (defendem o ideal republicano); negam a burguesia (a partir da célula-mãe da sociedade, daí a presença constante dos triângulos amorosos - o pai traído, a mãe adúltera e o amante, este sempre um "amigo da casa"); são anticlericais (destacam-se os padres corruptos e beatas hipócritas).
Romance realista
É uma narrativa mais preocupada com a análise psicológica, fazendo crítica à sociedade a partir do comportamento de determinados personagens. Faz uma análise da sociedade "por cima", visto que seus personagens são capitalistas, pertencentes à classe dominante. Este tipo de romance é documental, sendo retrato de uma época. Foi cultivado no Brasil por Machado de Assis, em obras como "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "Quincas Borba" e "Dom Casmurro".
Romance naturalista
Sua narrativa é marcada pela análise social a partir dos grupos humanos marginalizados, valorizando o coletivo. A influência de Darwin é marcante na máxima naturalista segundo a qual o homem é um animal, deixando-se levar pelos instintos naturais, que não podem ser reprimidos pela moral da classe dominante. A constante repressão leva às taras patológicas, bem ao gosto dos naturalistas; esses romances são mais ousados, apresentando descrições minuciosas de atos sexuais, tocando até em temas como o homossexualismo. Foi cultivado no Brasil por Aluísio de Azevedo ("O Mulato") e Júlio Ribeiro. Raul Pompéia é um caso a parte, pois seu romance, "O Ateneu", apresenta características ora naturalistas, ora realistas, ora impressionistas. Existem várias semelhanças entre o romance realista e o naturalista, podendo-se até mesmo afirmar que ambos partem de um ponto comum para chegarem a mesma conclusão, sendo que percorrendo caminhos distintos.

SÍNTESE DOS AUTORES DO REALISMO/NATURALISMO BRASILEIRO:

Romance realista
  • Machado de Assis
  • Raul Pompéia (com características tanto do Realismo quanto do Naturalismo)

Romance naturalista
Social
  • Aluízio de Azevedo

Urbano
  • Júlio Ribeiro

Obras:
  • Padre Belchior de Pontes
  • A Carne

Adolfo Caminha
Obras:
  • O Bom Crioulo

Principais Representantes no Brasil
  • Machado de Assis
  • Raul Pompéia
  • Aluízio de Azevedo
Alunos: Thiago, Marcelo
Fonte:  http://www.literaturabrasileira.net/index.php?option=com_content&view=article&id=91&Itemid=38

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Realismo/Naturalismo

O Realismo e o Naturalismo apresentam semelhanças e diferenças entre si. O Realismo retrata o homem interagindo com seu meio social, enquanto o Naturalismo mostra o homem como produto de forças “naturais”, desenvolve temas voltados para a análise do comportamento patológico do homem, de suas taras sexuais, de seu lado animalesco.Os naturalistas acreditavam que o indivíduo é mero produto da hereditariedade e seu comportamento é fruto do meio em que vive e sobre o qual age.A perspectiva evolucionista de Charles Darwin inspirava os naturalistas, esses acreditavam ser a seleção natural que impulsionava a transformação das espécies.Assim, predomina nesse tipo de romance o instinto, o fisiológico e o natural, retratando a agressividade, a violência, o erotismo como elementos que compõem a personalidade humana.Ao lado de Darwin, Hippolyte Taine e Auguste Comte influenciaram de modo definitivo a estética naturalista.Os autores naturalistas criavam narradores oniscientes, impassíveis para dar apoio à teoria na qual acreditavam. Exploravam temas como o homossexualismo, o incesto, o desequilíbrio que leva à loucura, criando personagens que eram dominados por seus instintos e desejos, pois viam no comportamento do ser humano traços de sua natureza animal.No Brasil, a prosa naturalista foi influenciada por Eça de Queirós com as obras O crime do padre Amaro e O primo Basílio, publicadas na década de 1870. Aluísio de Azevedo com a obra O mulato, publicada em 1881, marcou o início do Naturalismo brasileiro, a obra O cortiço, também de sua autoria, marcou essa tendência.Em O cortiço a face completa do Naturalismo pode ser vista, nessa obra o indivíduo é envolvido pelo meio, o cenário é promíscuo e insalubre e retrata o cruzamento das raças, a explosão da sexualidade, a violência e a exploração do homem.Além de Aluízio de Azevedo e Eça de Queirós, existem outros escritores que se destacaram como Júlio Ribeiro com o romance A carne (1888); Adolfo Caminha com A normalista (1893) e O bom-crioulo; Raul Pompéia com O Ateneu (1888).
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa
Fonte:www.brasilescola.com
Aluno:Douglas Amaro e Bruna Silva.